domingo, 17 de abril de 2011

Fela Kuti

A Musica é a Arma


Fela Kuti é provavelmente um dos nomes mais instigantes e impressionantes da relação entre música, política, ativismo, força de vontade e atitude que se tem notícia. Isso tudo junto é Fela Kuti, o homem que não se curvou diante da opressão do sistema e nem da vontade de uma minoria. E é justamente esse homem – e sobretudo o artista e ativista político – que é retratado no documentário A música é a arma, produzido no início da década de 80 e lançado oficialmente em 2003 com direção dos franceses Jean-Jacques Flori e Stéphane Tchalgadjief. Em pouco mais de 50 minutos os diretores retratam o universo particular de Fela Kuti, que vai desde suas raízes na Nigéria, sua mudança para Londres – e o que isso influenciou em sua vida -, sua ideologia, a luta em favor da liberdade e da igualdade entre as pessoas, a vontade dele em ser presidente de seu país, passando também pelo afrobeat e pela casa de shows e santuário musical – Afrika Shrine – que ele mantinha em Ikeja, na periferia de Lagos, ex-capital da Nigéria. Tudo isso com a intenção de desvendar ou pelo menos tentar entender um pouco quem foi Fela Anikulapo Kuti, o homem que carregava a morte no bolso – como sugere seu nome do meio.
Em certo momento de A música é a arma, o locutor questiona: “Quem é Fela? Alguns dizem que é o maior músico da África. Outros dizem que é um profeta. Outros ainda dizem que é um rebelde. Uma tribuna revolucionária. Seu nome era Fela Ransome-Kuti, o nome de um escravo. Desde de 1977 ele se chama Fela Anikulapo Kuti, o nome de um rei.”

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